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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Manoel Nenen

Nasceu em15 de fevereiro de 1930 em Brejinho dos Nunes município de Itapetim-Pe, atualmente emancipado como município de Brejinho. Nesta Cidadezinha pequena no tamanho, porém grande pelo povo que ali habita, no pé da Serra do São Joaquim no Vidéo, nasce o Rio Pajeú. Esta região denominada Sertão do Pajeú é considerada por muitos, o berço da poesia. Lá nasceram grandes poetas, mas aqui desejo expressar e lembrar de Manoel Venancio Sobrinho ( Manoel de João Nenen) transcrevendo a seguir algumas estrofes com o seguinte mote:

NO SILÊNCIO DA FRIA ETERNIDADE
DORME EM PAZ A MAMÃE QUE TANTO AMEI

             I   

Uma mãe amorosa como a minha
Veio a morte tirana e carregou
Para mim tristemente só ficou
A saudade cruel, que eu tinha
Muitas vezes, revejo a casinha
Que com ela, em criança caminhei
Em um quarto de dormida eu avistei
Seu retrato, faltando a metade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.

             II

Hoje vivo na triste solidão
De saudade o meu peito vive cheio
Pela mãe que me dava tanto enleio
Que partiu para outra região
Tenho hoje, a maior recordação
Dos abraços e beijos que lhe dei
Muitas lágrimas, por ela derramei
Como fílho da triste orfandade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.

                    III

Hoje dela, eu tenho na lembrança
Seu sorriso de amor e simpatia
Que me dava prazer e alegria
E de revela perdí a esperança
Esta morta e na cova já descança
E eu dela, jamais me esquecerei
Muitas noites e noites, já chorei
Que sem ela, a tristeza me invade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.

                    IV

De mamãe, não esqueço um só minuto
É por ela que aqui, vivo sofrendo
Mês, e anos se passa eu estou vendo
Meu corpo coberto assim de luto
Sua morte p'ra mim, foi um tributo
Que chorando, até hoje não paguei
Mais no livro da morte eu assinei
Vou pagar essa, conta com saudade
No silêncio da fria da eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.

                V

Esta morte cruel, casou-me dano
Capitou a minha mamãe querida
Destronou o prazer da minha vida
Me jogou, sobre o mar do desengano
Hoje triste caminho sem ter plano
Por estrada, que nunca caminhei
Mas sabendo, que a morte cumpre a lei
Da divina suprema magestade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz, a mamãe que tanto amei

Autor: Manoel Venâncio (Manoel Nenên)

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