terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Poesia autor Manoel Nenen
Tema: Volte mãe quero te ver (de Francisco de Assis Sousa - Chico Nenen)
I
Minha mãe me deu de tudo
Do leito, a própria guarida
Me deu prazar nesta vida
Deu livro prá meu estudo
Deu coberta de veludo
Para meu corpo aquecer
Oh Deus! Como irei viver
Sem ela e tudo faltando
Dia e noite estou chorando
Volte mãe quero te ver
II
Hoje ninguém me conforta
A sua falta eu lamento
A casa do sofrimento
Abriu prá eu essa porta
A mamãe se acha morta
É triste meu padecer
Eu não posso conviver
Nesta grande solidão
Saudade no coração
Volte mãe quero te ver
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Poemas de Manoel Nenen
![]() |
Hortênsias |
Minha terra querida, eu não te esqueço
Um momento se quer na minha vida
De sua água potável, e da comida
Que me de destes outrora, eu agadeço
Hoje, ausente de ti tanto padeço
A saudade tortura e me flagela
Eu recordo a novena da capela
Que papai festejava com trabuco
Minha terra querida é Pernambuco
Tudo quanto eu gosto existe nela
Autor: Manoel Nenen
Fev/1983
O nordestino humilde do campo
Todo nordestino tem
A sua mão calejada
Pelo decorrer dos anos
No manejo da enxada
Batalha, luta e não vence
Morre e não arranja nada
Só veste roupa rasgada
Anda sempre semi nú
Alpargata de rabicho
Só feita de couro crú
Essa é a figura idêntica
Dos filhos do Pajeú
Autor: Manoel Nenen
Mocidade e Velhice
A morte
Oh morte ingrata e ferina!
Levaste mamãe querida
Deixaste a minha vida
Na mais completa ruína
A saudade me elimina
E pertuba meu viver
Hoje, não tenho prazer
Vivo chorando esta ausência
Apelo ´´prá´´ providência
Volte mãe quero te ver
Seu corpo na eternidade
Sua alma está com Deus
Todos sentimentos meus
Se transformou em saudade
Peço à santa majestade
Amenize o meu sofrer
Ordene ela ´´prá´´ descer
Do céu onde está morando
Eu fico lhe aguardando
Volte mãe quero te ver.
Autor : Manoel Nenen
Eu te amo
Amo vocês...
Tú és bela e santa carinhosa
Tú fazes parte da minha existência
Sem você, eu não tenho paciência
Minha vida se torna tão nervosa
E as horas do dia tão custosa
A semana que passo sem te ver
Já nã posso se quer nem entender,
Este amor é tão forte e tão profundo
Sem você, meu amor, neste mundo
Eu prefiro antes não mais viver
Os teus olhos para mim, são atraentes
O teu riso me atrai com tanto amor,
És um anjo divino e encantador
Teu retrato não sai da minha mente,
Pois te amo na vida fielmente
Só a ti dediquei tanta amizade,
Faço prece a Jesus por caridade
´´Prá´´ não usar de fingimento
Se não eu vou morrer de sofrimento
Ingerindo uma taça de saudade .
Autor: Manoel Nenen
Escrito em 29 de Janeiro de 1992
São Paulo-SP
Pietro e sua mãe Patrícia. Dedico esta poesia do meu pai para vocês. |
Tú és bela e santa carinhosa
Tú fazes parte da minha existência
Sem você, eu não tenho paciência
Minha vida se torna tão nervosa
E as horas do dia tão custosa
A semana que passo sem te ver
Já nã posso se quer nem entender,
Este amor é tão forte e tão profundo
Sem você, meu amor, neste mundo
Eu prefiro antes não mais viver
Os teus olhos para mim, são atraentes
O teu riso me atrai com tanto amor,
És um anjo divino e encantador
Teu retrato não sai da minha mente,
Pois te amo na vida fielmente
Só a ti dediquei tanta amizade,
Faço prece a Jesus por caridade
´´Prá´´ não usar de fingimento
Se não eu vou morrer de sofrimento
Ingerindo uma taça de saudade .
Autor: Manoel Nenen
Escrito em 29 de Janeiro de 1992
São Paulo-SP
Parlamentarismo, República ou Monarquia
SAUDADE DE ITAPETIM
Saudade de Itapetim
Do jeito que estou agora
Não mais vou em Itapetim
A doença me impede
Sinto um cançaso sem fim
De de lá recebo as missivas
![]() |
Manoel Nenen e seu filho pedoca. |
Do jeito que estou agora
Não mais vou em Itapetim
A doença me impede
Sinto um cançaso sem fim
De de lá recebo as missivas
Que muitas pessoas vivas
Ainda se lembram de mim
Itapetim minha terra
Amada e tão preferida
De ti, eu sinto saudade
Por mim não és esquecida,
Não existe outra igual
És meu torrão natal
Que mais adoro na vida
Toda hora e todo instante
Eu sinto saudade dela
Uma cidade pequena
Hospitaleira e tão bela
Berço de Rogaciano
Um poeta veterano
Que tanto cantou ''pra'' ela
Autor: Manoel Nenen
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Manoel Nenen
Deserto
Mote:
SÓ NÃO QUERO IR NO BALCÃO
TOMAR PORRE DE AGUARDENTE
Quero ser um fofoqueiro
Pilantra ou vagabundo
Só não quero que o mundo
Me chame de cachaceiro
Diga que sou feiticeiro
Que eu fico mais contente
quero receber corrente
Do espírito de lampião
Só não quero ir no balcão
Tomar porre de aguardente
Prefiro ficar trancado
Em uma cadeia segura
''Prá'' não beber pinga pura
Nem cerveja nem queimado
Quero ficar aleijado
Sentado em calçada quente
Vivendo como indigente
Comendo resto de pão
Só não quero ir no balcão
Beber porre de aguardente
Quero perder meu emprego
Sem mulher, abandonado
Dormir no velho sobrado
Ser sugado por morcego
Eu quero mesmo ser pêgo
Por um cabo ou um tenente
Quero sofrer um acidente
Cortar os dedos da mão
Só não quero ir no balcão
Beber porre de aguardente
Autor: Manoel Nenen
Manoel Venâncio de Sousa (Manoel Nenen) Nasceu em Brejinho-Pe e Faleceu em 29 de outubro de 2009 aos 79 anos de idade deixando os filhos(as) Maria Regina, Maria do Socorro, José Maria, José Renato(nenen) e Pedro Lucílio(pedoca).
O Manoel gostava de beber cachaça, mas sabia o mal que a bebida lhe causava. Após cada porre, no dia seguinte prometia que iria parar de beber, e vontade era tanta que ele começava a sonhar fazendo esses versos citando a cachaça, como no mote: Só não quero ir no balcão, beber porre de aguardente.
Fonte: José Maria Ventura
MANOEL NENEN
Em pé, Dona Francisca, sentadas da esquerda para a direita, Socorrinha(filha de Manoel) e Dona Maria (esposa Manoel Nenen)
FEZ EU DEIXAR DE BEBER
I
Comecei beber cachaça
Quando ainda adolescente
Me tornei um dependente
Do vício dessa desgraça
Bebendo à noite na praça
E o dia sem comer
Doente já ''prá'' morrer
E a matéria enfraquecida
O pranto de mãe sofrida
Fez eu deixar de beber
II
Eu me julgava sem jeito
Preso no elo do vício
Passando, dor, sacrifício
Sem corrigir meu defeito
Sentia dentro do peito
O algo do desprazer
Estava ''prá'' enlouquecer
Com efeito da bebida
O pranto de mãe sofrida
Fez eu deixar de beber
III
Pelo impulso da bebida
Me tornei um vagabundo
Bebendo pela favela
Não ouvia mais aquela
Que fez, eu vir ao mundo
Maltrapilho, sujo, imundo
Sem condição ''prá'' viver
Fazendo mamãe sofrer
Destruindo a sua vida
O pranto de mãe sofrida
Fez eu deixar de beber
IV
Vezes pedia gorjeta
Para beber um queimado
E depois de embriagado
Ia dormir na sarjeta
Era coisa do capeta
Eu não sabia entender
Fazia mamãe sofrer
Derramar lágrima sentida
O pranto de mãe sofrida
Fez eu deixar de beber
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Manoel Nenen
Nasceu em15 de fevereiro de 1930 em Brejinho dos Nunes município de Itapetim-Pe, atualmente emancipado como município de Brejinho. Nesta Cidadezinha pequena no tamanho, porém grande pelo povo que ali habita, no pé da Serra do São Joaquim no Vidéo, nasce o Rio Pajeú. Esta região denominada Sertão do Pajeú é considerada por muitos, o berço da poesia. Lá nasceram grandes poetas, mas aqui desejo expressar e lembrar de Manoel Venancio Sobrinho ( Manoel de João Nenen) transcrevendo a seguir algumas estrofes com o seguinte mote:
NO SILÊNCIO DA FRIA ETERNIDADE
DORME EM PAZ A MAMÃE QUE TANTO AMEI
I
Uma mãe amorosa como a minha
Veio a morte tirana e carregou
Para mim tristemente só ficou
A saudade cruel, que eu tinha
Muitas vezes, revejo a casinha
Que com ela, em criança caminhei
Em um quarto de dormida eu avistei
Seu retrato, faltando a metade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.
II
Hoje vivo na triste solidão
De saudade o meu peito vive cheio
Pela mãe que me dava tanto enleio
Que partiu para outra região
Tenho hoje, a maior recordação
Dos abraços e beijos que lhe dei
Muitas lágrimas, por ela derramei
Como fílho da triste orfandade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.
III
Hoje dela, eu tenho na lembrança
Seu sorriso de amor e simpatia
Que me dava prazer e alegria
E de revela perdí a esperança
Esta morta e na cova já descança
E eu dela, jamais me esquecerei
Muitas noites e noites, já chorei
Que sem ela, a tristeza me invade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.
IV
De mamãe, não esqueço um só minuto
É por ela que aqui, vivo sofrendo
Mês, e anos se passa eu estou vendo
Meu corpo coberto assim de luto
Sua morte p'ra mim, foi um tributo
Que chorando, até hoje não paguei
Mais no livro da morte eu assinei
Vou pagar essa, conta com saudade
No silêncio da fria da eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.
V
Esta morte cruel, casou-me dano
Capitou a minha mamãe querida
Destronou o prazer da minha vida
Me jogou, sobre o mar do desengano
Hoje triste caminho sem ter plano
Por estrada, que nunca caminhei
Mas sabendo, que a morte cumpre a lei
Da divina suprema magestade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz, a mamãe que tanto amei
Autor: Manoel Venâncio (Manoel Nenên)
NO SILÊNCIO DA FRIA ETERNIDADE
DORME EM PAZ A MAMÃE QUE TANTO AMEI
I
Uma mãe amorosa como a minha
Veio a morte tirana e carregou
Para mim tristemente só ficou
A saudade cruel, que eu tinha
Muitas vezes, revejo a casinha
Que com ela, em criança caminhei
Em um quarto de dormida eu avistei
Seu retrato, faltando a metade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.
II
Hoje vivo na triste solidão
De saudade o meu peito vive cheio
Pela mãe que me dava tanto enleio
Que partiu para outra região
Tenho hoje, a maior recordação
Dos abraços e beijos que lhe dei
Muitas lágrimas, por ela derramei
Como fílho da triste orfandade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.
III
Hoje dela, eu tenho na lembrança
Seu sorriso de amor e simpatia
Que me dava prazer e alegria
E de revela perdí a esperança
Esta morta e na cova já descança
E eu dela, jamais me esquecerei
Muitas noites e noites, já chorei
Que sem ela, a tristeza me invade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.
IV
De mamãe, não esqueço um só minuto
É por ela que aqui, vivo sofrendo
Mês, e anos se passa eu estou vendo
Meu corpo coberto assim de luto
Sua morte p'ra mim, foi um tributo
Que chorando, até hoje não paguei
Mais no livro da morte eu assinei
Vou pagar essa, conta com saudade
No silêncio da fria da eternidade
Dorme em paz a mamãe que tanto amei.
V
Esta morte cruel, casou-me dano
Capitou a minha mamãe querida
Destronou o prazer da minha vida
Me jogou, sobre o mar do desengano
Hoje triste caminho sem ter plano
Por estrada, que nunca caminhei
Mas sabendo, que a morte cumpre a lei
Da divina suprema magestade
No silêncio da fria eternidade
Dorme em paz, a mamãe que tanto amei
Autor: Manoel Venâncio (Manoel Nenên)
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